Vestido, R$ 4.998, John John; óculos, R$ 760, Le Specs na Acaju do Brasil (Foto: Tauana Sofia)
Atualize o gatinho! Óculos escuros de shape sessentinha não precisam de acabamento sempre retrô para pontuarem sua produção. Uma leva de lançamentos dá update no modelo clássico através de lentes espelhadas, tons vibrantes no reflexo e armações de acetato coloridas para impacto imediato.
Para combinar, abuse de superfícies brilhantes com o efeito metálico de tops de paetês ou de acabamento reluzente em duo eletrizante. Na sequência, encontre o par e complemento que caem melhor com seu estilo. Mais opções estão também no board de acessórios do aplicativo Clooset, no fim da página.
Body, R$ 3.498, Bo.Bô; óculos, R$ 2.660, Louis Vuitton (Foto: Tauana Sofia)Blusa, R$ 13.880, Gucci; óculos, R$ 2.300, Gucci na GO Eyewear (Foto: Tauana Sofia)Camisa, R$ 5.450, De Goeye; óculos, R$ 200, Chilli Beans (Foto: Tauana Sofia)
Styling e produção de moda: Cristiano Oiwane e Neel Ciconello Beleza: Paula Kadija com produtos Nars Agradecimento: Maksoud Plaza
Não dá para passar o verão sem desfilar por aí seus óculos de sol. É como se eles fossem a cereja do bolo dos looks! É a dica de beleza da vez
Pensando em quem já está preparando a mala de férias, listamos as tendências que as famosas estão amando e descobrirmos modelos que mais estão bombando esta temporada fashion. Tem o gatinho, o espelhado, o top bar, o clássico aviador… Difícil mesmo é escolher somente um! Ao longo desta página, descubra quais são os óculos de sol favoritos de celebs como Bruna Marquezine, Giovanna Ewbank, Rihanna, Kylie Jenner…
1. Tipo gatinho
Essa pegada vintage é hit entre as celebs, até a Titi (fofucha!) usa! Sucesso total nos anos 1960, os modelos são divertidos, com inúmeras cores e variados formatos – algumas até apostam nas armações geométricas, mais angulosas mesmo.
2. Colorido e transparente
Tudo o que a Kylie Jenner põe a mão vira tendência, né? Não poderia ser diferente com os óculos que combinam armação e lentes coloridas com transparência. E as cores são tantas: tem amarelo, vermelho, azul…Dá pra ter uma coleção!
3. Top Bar
Para quem não sabe, são aqueles modelos com a barra superior na armação. Pode ser moderninho ou clássico, como esse da Juliana Paes que tem um ar hippie chic. Podem ser espelhados, com lentes escuras ou até transparentes!
4. Espelhado
De Anitta a Mariana Rios, todo mundo usa! Inspirado nos anos 80, esse queridinho das famosas virou item fashion tem-que-ter. Pode variar entre lentes prateadas e douradas, que são as mais clássicas, mas também existem as coloridas, com uma pegada mas moderninha.
5. Arredondado
Grandes ou pequenos, esse clássico não sai de moda nunca. O auge dessas armações foi nas décadas de 60 e 70 (alô, John Lennon!), mas os modelos receberam um upgrade de sofisticação e ganharam o selo hippie chic. É claro que as famosas são adeptas, entre elas, a ginger Marina Ruy Barbosa.
6. Flat
Usar óculos com lentes e armações unificadas é mega cool, meu bem! Essa é a tendência mais quente do verão 2018, tanto é que as musas Giovanna Ewbank e Bella Hadid já aderiram e estão lacrando por aí! Além de serem descoladérrimos, eles deixam a gente com uma pegada futurista.
7. Pedras, meu bem!
Over? Que nada! Quem veio ao mundo para brilhar não tem o menor problema em usar armações super trabalhadas com pedras e estampas. Se Rihanna usou e arrasou e Bruna Marquezine simplesmente divou com o acessório em seu Insta, nós também podemos!
8. Coração
Esses modelos fofurinhas com armação em formato de core já tiveram mais em alta, mas eles ainda seguem na lista dos favoritos das famosas, né, Thaila Ayala? 🙂
9. Tipo mergulhador
A Sabrina Sato é adepta dos óculos com armações super pesadonas e coloridas. O modelo azul da foto, chamado Goggle, tem aquela pegada esquiador. E fica sempre linda e maravilhosona!
10. Aviador
Quem foi rei nunca perde a majestade! O clássico dos clássicos sempre vai ter um lugarzinho no nosso rosto e nos nossos corações.
Pedestres de várias partes do mundo à espera da abertura do semáforo inspiraram o fotógrafo Bob Wolfenson em sua mais recente exposição, intitulada Nósoutros. Aqui, a atmosfera é recuperada pelas esquinas paulistanas e transforma all white, jeans, color blocking, p&b, floral e militar em eternos caminhos de estilo.
Tudo branco
Da esq. p/ a dir., camisa Zoomp à venda na Choix, R$ 465. Camiseta Hering, R$ 30. Bermuda Polo Ralph Lauren, R$ 290. Óculos T-Charge, R$ 504. Camisa, R$ 5.200, e calça, R$ 4.400, Ralph Lauren. Bolsa Nannacay, R$ 455. Camisa Apartamento 03, R$ 1.291. Calça Printing, R$ 1.495. Óculos Evoke, R$ 349. Bolsa Nannacay, R$ 475. Camisa Zoomp, R$ 408. Calça Zara, R$ 299. Chapéu Vero, R$ 357. Vestido Ellus, R$ 779. Óculos Bulget Ochiiali, R$ 237. Bolsa Catarina Mina, R$ 498. Regata Hering, R$ 30. Calça Coven, R$ 995. Chapéu Vero, R$ 397. Bolsa Nannacay, R$ 420. Paletó, R$ 1.390, e colete, R$ 450, Calvin Klein. Camisa, R$ 498, e calça, R$ 425, Handred à venda na Choix. Óculos Ana Hickmann Eyewear, R$ 497. Blusa Stela McCartney à venda na NK Store, R$ 2.950. Calça Bobstore, preço sob consulta. Óculos Ana Hickmann Eyewear, R$ 497. Bolsa Nannacay, R$ 557. Vestido Coven, preço sob consulta. Boné New Era, R$ 140. Óculos Atitude Eyewear, R$ 187. Vestido Batiche, R$ 520. Chapéu Vero, R$ 357. Bolsa Nannacay, R$ 355. Cinto acervo. Todos usam sandálias Havaianas, R$ 25
Look all jeans em ensaio de Marie Claire (Foto: Rafael Pavarotti (SD MGMT))
Ojeans com patchwork pede espaço no guarda-roupa em calças, jaquetas, vestidos e até sapatos. Abuse de peças oversized de lavagens diferentes na mesma produção e deixe o look contemporâneo. Abaixo, sugestões de peças que farão a diferença no seu dia a dia – dá para misturá-las entre si, num estilo total jeans, ou combiná-las com peças leves e fluidas.
O vestido com recortes tem duas cores de jeans (Foto: IMAXTREE)Capa jeans com jeans em padões diferentes Saint Laurent na Farfetch, R$ 5.790 (Foto: Divulgação)Calça Levi´s com patchwork no joelho, R$ 280 (Foto: Divulgação)Jaqueta jeans estilo bomber Damyller, R$ 389 (Foto: Divulgação)Óculos com metais Versace para arrematar o look azul, R$ 940 (Foto: Divulgação)Saia Florinda R$ 263 (Foto: Divulgação)O jeans também invadiu a paleta 5 Coulers 277 Dior, R$ 299 (Foto: Divulgação)Sandália de tecido azul Schutz, R$ 222 (Foto: Divulgação)
Se você pensa que o estilo navy só funciona no verão, está enganada. A tendência também veste com charme em climas mais amenos – inclusive vai tranquilamente ao trabalho. Em ambientes corporativos, tons de azul e listras permeiam blusas de manga comprida, calças com shape mais larguinho e saias na altura do joelho. Inspire-se nas nossas sugestões.
Boyish Clássicos do universo masculino, a camisa, a calça e o blazer ganham shapes e detalhes delicados.
Girlie Vestidos, saias e outras peças de menina surgem com contornos mais sóbrios.
1. Vestido Tommy Hilfiger, R$ 699 2. Camisa Dudalina, R$ 350 3. Anel Epiphanie, R$ 14.350 4. Saia Carolina Herrera, R$ 2.590 5. Case para notebook Rimowa, R$ 2.200 6. Sapatilha Chanel, a partir de R$ 3.700 (Foto: Divulgação)
Hora certa Uma seleção de smart watches elegantes, com pulseiras idem.
1. Fossil Q, R$ 2.200 2. Connected Modular 45 Tag Heuer, a partir de R$ 9.150 3. Michael Kors, a partir de R$ 3.000 4. Gear G3 Samsung, R$ 2.199 (Foto: Divulgação)
Como se não bastasse o sangue fashionista que domina a família Hadid, o DNA empreendedor também toma conta: Mohamed Hadid e Alana Hadid, pai e uma das irmãs de Gigi Hadid e Bella Hadid, respectivamente, acabam de lançar uma marca de óculos. Batizada de Hadid Eyewear, a nova grife surge com preços acessíveus e uma série de modelos de perfume fun.
Alana Hadid, Gigi Hadid, Mohamed Hadid, Bella Hadid e óculos da marca Hadid Eyewear (Foto: Reprodução)
“Nós amamos óculso de sol – se você olhar o Instagram do meu pai, vai perceber que ele está de óculos em todas as fotos. Cada um de nós deve ter mais de 100 pares”, diz Alana em entrevista ao WWD. “Estamos muito felizes em fazer algo que é acessível a todos”.
Amigáveis, os preços das peças vão de U$149 a U$169 (cerca de R$ 450 e R$ 533), e já podem ser encontrados no e-commerce oficial da label. 5% dos lucros serão direcionados à ONG Vision of Children Foundation.
Treinar ou não em jejum? Siga as dicas da nutricionista esportiva (Foto: THINKSTOCK)
Comer ou não antes de treinar? Praticar exercícios em jejum faz bem? Muitas dúvidas rondam a mente dos atletas de plantão. Para esclarecer esses mitos e verdades a respeito do tema, a nutricionista esportiva Alessandra Scutellaro, da Clínica Patricia Davidson, afirma que treinar sem comer (até seis horas antes) pode ser eficiente para a queima de gordura. Mas, alerta sobre os cuidados que devem ser tomados: “Se não acompanhado e bem condicionado, o atleta pode apresentar algum mal-estar, como queda de pressão e hipoglicemia. O mais indicado para sedentários e pessoas que apresentam alguma patologia associada, é passar por alguma avaliação médica ou nutricional antes de iniciar a prática”, afirma. confira!
1. Treinar em jejum é mais eficiente para queimar gordura?
Sim. A idéia do treino em jejum é a maior capacidade que o corpo tem em utilizar gordura para conversão em energia. Cada vez que você se condiciona para praticar exercício em jejum, o corpo se torna mais eficiente para queimar gordura.
2. Qualquer tipo de exercício ( corrida, musculação, futebol) pode ser feito em jejum?
Sim, desde que o corpo do praticante já esteja condicionado para isso.
3. Que tipo de treino ou intensidade é melhor fazer em jejum?
Intensidade moderada. Dessa forma conseguimos manter a oxidação de gordura, mesmo após o término do exercício.
4. Treinar em jejum pode afetar a performance?
Sim, porque dependemos de vários fatores, tais como: tempo de treino, tipo de dieta e frequência no exercício físico e a forma que o metabolismo de cada um funciona.
5. Treinar em jejum é perigoso para a saúde?
Depende. Se não acompanhado e bem condicionado, pode apresentar algum mal-estar, como queda de pressão e hipoglicemia.
6. Quantas horas devo ficar sem comer para um treino ser considerado em jejum?
6 horas.
7. Vou queimar meus músculos se fizer exercício em jejum?
Depende do tipo de treino e o plano alimentar que foi proposto para que isso não aconteça.
8. O treino em jejum tem um prazo de validade ou não?
Não. Se o praticante está preparado e se sente bem em não comer nada antes da prática do exercício, essa rotina pode ser feita diariamente, desde que supervisionada, visando o bom rendimento durante o exercício.
9. Qualquer pessoa pode fazer o treino em jejum ou já tem que ter certa performance?
O ideal é que seja praticado por quem já pratica exercícios. Sedentários e pessoas que apresentam alguma patologia associada, devem passar por alguma avaliação médica ou nutricional, antes de iniciar a prática.
10. Para quem quer ficar musculoso, o treino em jejum pode ser feito?
Sim, desde que a dieta esteja calculada de acordo com o objetivo que se deseja alcançar.
“Nasci em Cascavel, cidade de 300 mil habitantes no Paraná. Minhas lembranças do passado não se parecem nada com as típicas de quem cresce no interior. Apesar de adorar estudar, detestava ir ao colégio. Só tirava notas altas, mas não tinha amigos. Andava pelos corredores com um livro aberto cobrindo o rosto. Eu era diferente e sofria agressões por causa disso. O auge foi a comunidade dedicada a mim no Orkut. ‘O que você faria se a Alicia estivesse se afogando?’ era a pergunta de uma enquete. As opções eram ‘Cuspia nela’, ‘Chutava’, e por aí vai. A última alternativa era de longe a mais clicada: ‘Todas as anteriores’.
Chorava para não ir ao colégio, mas minha mãe trabalhava num hospital, como assistente social, e ficar em casa com meu pai, Osvaldo, 57, era outro pesadelo. Ele é um engenheiro inteligentíssimo, porém bipolar. Minha memória mais longínqua é de ele me batendo sem motivo. Tinha só 3 anos e sabia que não havia feito nada para merecer aquela surra. A cena se repetia a cada vez que ele mudava de humor com ataques físicos ou verbais. Ele me chamava de burra, dizia que eu não ia dar em nada, me mandava parar de importuná-lo com a minha ‘voz de taquara rachada’. Minha mãe, Herta, 54, passava a maior parte do dia fora e, na maioria das vezes, não presenciava nada. Quando meu irmão, Vinícius, três anos mais novo, e eu contávamos a ela o que havia acontecido, ela explicava que aquilo era reflexo da doença psicológica de meu pai. Mas, para mim, não era desculpa. Só eu sabia o que passava.
A forma que encontrei de me proteger foi criar meu próprio mundo. Minha diversão era costurar e bordar as roupas que inventava. Aos 11 anos, comprei uma pilha de revistas de moda num sebo e forrei as paredes do meu quarto com minhas preferidas. Sonhava um dia me ver estampada em uma página daquelas, embora não me achasse bonita o suficiente para estar ali. Mesmo com pouco mais de 50 quilos distribuídos em 1,77 metro de altura, cabelos louros levemente ondulados e olhos azuis.
Aos 12, me matriculei num curso de corte e costura para fazer peças mais elaboradas, como a calça de cintura alta que ainda não havia chegado à cidade. Cheguei a pensar que poderia ter uma marca. Assim, entraria no fascinante mundo da moda. De tanto falar no assunto, convenci minha mãe a me acompanhar em pequenos testes de modelo que apareciam em Cascavel. ‘Você é muito pequena’, diziam. ‘Ainda não está na idade.’ Eu insistia, insistia, e ela acabava me levando de novo e de novo ouvindo que ainda não estava pronta para ‘modelar’.
Em uma tarde de 2009, descobri que estavam convocando meninas em Cascavel para uma seleção. As escolhidas iriam a Florianópolis se apresentar para agências de São Paulo em busca de new faces. Minha mãe conseguiu uma brecha no trabalho e me acompanhou no teste. Fiquei eufórica quando o booker nos chamou de canto. ‘Essa menina tem tudo para acontecer’, disse a ela. ‘Precisa ir para Florianópolis.’ Pela primeira vez, achei que meu sonho poderia virar realidade. A coisa que mais queria na vida era sair daquela cidade. Mas ainda havia um problema: não tínhamos dinheiro para viajar. Apesar de nunca ter faltado nada em nossa casa, vivíamos com tudo muito contado. Mas o pessoal da agência queria tanto que eu participasse daquela seleção que conseguiu um desconto e nós fomos.
Aos 3 anos, meu pai me espancava sem motivo”
Embarquei com minha mãe para Santa Catarina num ônibus lotado de meninas altas, bonitas e cheias de sonhos. Ficamos hospedadas no mesmo hotel onde o teste aconteceu. No grande dia, conversei com cada um dos agentes, enfileirados atrás de uma mesa comprida. Eram muitos, algum haveria de me escolher. Levei um susto quando soube que quase todos queriam trabalhar comigo, a dificuldade agora era decidir por um só. Três meses depois, com 16 anos, estava trabalhando na extinta Lumière, morando em São Paulo num apartamento da agência com outras 11 garotas – nenhuma das que foram comigo para Florianópolis. Durante um ano e meio, participei de castings e mais castings, mas pouca coisa acontecia. Sem dinheiro, me alimentava de bolachas e croissant de pacote, até papel higiênico tive de pedir emprestado. Já estava com tudo pronto para pegar o caminho de Cascavel e abandonar a (tentativa de) carreira, quando fui fazer meu último trabalho, um lookbook de uma marca de roupas.
Durante o shooting, o maquiador e o fotógrafo me chamaram para conversar. ‘Você tem de mudar de agência’, disseram. Ligaram para a Way (a mesma de Carol Trentini e Alessandra Ambrósio) e me indicaram. Desde a semana em que pisei ali, nunca mais parei de trabalhar. Um mês depois, fui a recordista de desfiles do Fashion Rio e segui para as semanas de moda de Nova York, Milão e Paris. Minha vida agora era pelo mundo. Foi durante um ensaio de moda que conheci o diretor de cinema Marcos Mello, 35. No último dia de trabalho, ele, que estava capturando imagens em vídeo, me pediu para dançar em frente à câmera. ‘Tu acabas de ganhar um marido’, disse no fim. Saímos dois dias depois e, desde então, não desgrudamos mais. Isso já faz quatro anos e meio. A vida parecia muito melhor do que eu havia imaginado.
Alicia Kuczman (Foto: Reprodução/Instagram)
Nas poucas vezes que voltava a Cascavel, duas por ano, olhava aqueles paredes cobertas por revistas e achava graça. ‘Trabalhei com aquela ali’, dizia para minha mãe. ‘Essa que está perto da porta ficou minha amiga’, mostrava outra. Ela vibrava com minha felicidade. Diferentemente do meu pai, que continuava me atacando nas crises e não se conformava de eu ter parado de estudar no fim do ensino fundamental.
Não tinha dinheiro. Me alimentava de bolachas”
Nos dois anos seguintes, fiz sucesso, ganhei dinheiro. Morava em um apartamento alugado em Nova York, vivia para lá e para cá. Trabalhava até 36 horas seguidas com a maior disposição. Fiz campanhas para Osklen e Alexandre Herchcovitch, posei para as principais revistas do mercado – Marie Claire entre elas. Era uma vida cansativa, mas eu não tinha do que reclamar. Em meados de 2013, me percebi inchada pela primeira vez. No corpo e principalmente no rosto. Mas não liguei. Como tomava um remédio regular para meu hipotireoidismo [inflamação da tireoide, glândula que, entre outras coisas, controla o metabolismo] desde os 11 anos, achei que era uma disfunção passageira. Mas um dia, aterrissando em Nova York, comecei a sentir dores absurdas do lado direito da barriga. Por sorte, Marcos estava comigo e me levou correndo para o hospital. Fizeram milhões de exames e não descobriram nada. Tomei uma, duas, cinco doses de morfina e continuava urrando, com o corpo contorcido e vomitando bílis sem parar. Horas depois, descobriram: estava com um cisto de 6 centímetros no ovário, que gerou um deslocamento do órgão – até hoje não confirmaram se a doença tem relação com a tireoide, mas acredito que sim. Os médicos disseram que precisavam operar às pressas e não podiam garantir que o ovário seria salvo.
Me achavam magra demais. Perdi trabalhos”
A cirurgia foi um sucesso, mas minha barriga ficou inchada por duas semanas. Tinha vários contratos fechados no Brasil e todos foram cancelados. Ninguém podia esperar por mim. A dor passou, mas fiquei oito meses sem menstruar. Mesmo assim, não voltei logo ao médico. Displicência minha que teve graves consequências. Em abril de 2014, fui passar dois meses na Austrália a trabalho. Apesar de feliz, me sentia fisicamente esquisita. Vivia com fome, comia loucamente e emagrecia sem parar. Minha calma habitual foi substituída por acessos de irritação incontroláveis. Durante esse período, não fiz nenhum trabalho. Meu agente dizia que o mercado estava me achando magra demais. Havia acabado de acontecer um caso de anorexia na Semana de Moda de Sydney que ganhou repercussão na imprensa e, definitivamente, eu estava fora dos padrões. Na mesma época, comecei a adoecer por qualquer coisinha. Tomava um vento, tinha sinusite. Esfriava, ficava gripada. Ainda comia um quilo de castanhas por dia e raramente dormia mais de três horas por noite. Só apagava quando meu corpo não aguentava mais de exaustão.
De volta ao Brasil, tive um ataque de pânico no meio de uma sessão de fotos. Os termômetros cariocas marcavam 30 graus e eu tremia de frio no estúdio. Pedi uma pausa, mas a situação só piorava. Os músculos do meu corpo começaram a ter contrações involuntárias. A stylist conseguiu uma bacia de água quente e mandou que botasse os pés lá dentro. No mesmo minuto, meu corpo desarmou, como se derretesse. Era só o primeiro de outros tantos ataques de pânico que viriam em seguida. Nem sei de onde tirei forças, mas consegui terminar o trabalho. O cliente era antigo e pareceu compreender a situação. Mas nunca mais me chamou para nada.
Finalmente marquei um médico, que pediu exames de sangue. O resultado foi alarmante: meu TSH [hormônio que estimula a tireoide] estava tão baixo que era indetectável. Estava com hipertireoidismo, disfunção na tireoide oposta à que tinha antes que, em vez de desacelerar o metabolismo, deixa-o extremamente acelerado. Os sintomas já sabia de cor: perda de peso, sudorese, depressão, pele ressecada, unhas e cabelos fracos, que caíam em tufos cada vez que me penteava. Desesperada, passei por oito endocrinologistas em um intervalo de um ano e meio. Os primeiros me mandaram tomar Rivotril ‘para não incomodar ninguém’. Outros, dependendo do dia em que ia visitá-los, receitavam remédios para perder ou aumentar o apetite. Em uma semana, chorava sem parar e não conseguia pregar o olho. Na seguinte, ficava absolutamente apática. Nesse período, meu peso chegou a ter variações de 7 quilos em sete dias. ‘Alicia embuchou’, diziam pelas costas. ‘Cresceu e ficou gorda.’ Ninguém me chamava mais para nada.
Meu corpo parecia derreter. Era um ataque de pânico”
Sozinha, observei meu corpo e descobri que o inchaço ficava controlado se alternasse a dose do remédio. Até que finalmente encontrei uma médica que me ouviu com paciência e decidiu aprofundar o tratamento. Foram oito meses em que continuei engordando e emagrecendo rapidamente – sem contar outros efeitos horríveis, como taquicardia (não podia andar depressa nem fazer sexo) –, mas a doutora Carolina Mergulhão finalmente conseguiu ajustar a dosagem do medicamento. Numa ida a Cascavel, tive uma crise de ansiedade e corri para a sala em busca de ajuda. Meu pai estava lá sozinho e não tive outro jeito a não ser pedir socorro a ele. ‘Acho que vou morrer’, disse. ‘Posso deitar no seu colo?’ Ele fez um sinal positivo com a cabeça e me aconcheguei em suas pernas. Ninguém disse nada. Não precisava. Dias depois, ele falou pela primeira vez que me amava. Aos poucos, voltei a dormir, trabalhar, viver. Hoje, reconheço minha força e o poder de transformação que carrego em mim. E quando me dizem: ‘Como você está magra, ‘Como está linda’, respondo prontamente: ‘Regulei a tireoide’. Simples assim.”
Pra comemorar os 60 anos de história, a marca de óculos Carrera preparou uma surpresa incrível: o astro Jared Leto foi o esolhido pra estrelar a campanha 2016 da grife. “Eu conheço Carrera desde que sou criança e quando conheci o projeto Maverick me identifiquei imediatamente, porque fala sobre pessoas que são corajosas, ousadas, que arriscam, os ‘wild horses’, aqueles que não tem medo de falhar, o tipo de pessoa que me inspirou minha vida inteira”, comentou o guapo.
Com lançamento previsto pra fevereiro, a coleção Maverick revela um formato moderno e mais leve nos modelos com molduras superfinas. ”Eu estou muito entusiasmado com o comprometimento do Jared com este projeto. A Carrera o escolheu porque ele incorpora perfeitamente a ousadia e espontaneidade da nova coleção Maverick e com imenso prazer descobrimos que ele já era um fã da marca”, conta Massimo Pozzetti, Global General Manager da Carrera.