Camila Queiroz aderiu ao long bob para a sua próxima personagem (Foto: Reprodução/Instagram)
O long bob, também conhecido como lob, se tornou definitivamente um dos cortes de cabelos mais usados pelas famosas. Marina Ruy Barbosa, Bruna Marquezine, Alessandra Ambrosio e, mais recentemente, Camila Queiroz, aderiram ao visual.
Para quem tem os fios longos e quer mudar sem radicalizar, o long bob é perfeito, já que tem comprimento médio. O ideal é que fique na altura da clavícula [também conhecida como osso da saboneteira] ou encostando no ombro. A parte da frente deve ser sutilmente mais longa.
Versátil, o corte combina com todos os tipos de cabelo e pode ser estilizado de diferentes formas: é possível usá-lo bem liso, com ondas suaves ou com cachos. Em relação a penteados, esse comprimento é bom porque não limita as possibilidades.
As outras cores que me perdoem, mas o rosa é fundamental. Campeão no ranking de tons de 2017, o millennial pink está na moda, na decoração e no design. Fui investigar sua origem e descobri que tudo aconteceu a partir do Greenery, tom verde folha eleito a cor do ano pela Pantone (empresa que pesquisa tendências sobre cores que os mercados de moda, beleza e lifestyle vão adotar). Depois de ser o escolhido para 2017, a expectativa era que o Rose Quartz, vencedor de 2016, saísse de cena. Mas, para surpresa geral, ocorreu o contrário: o rosa ficou onipresente, principalmente entre a turma da geração millennium, aquela que nasceu entre a X e a Y – daí seu apelido, rosa millennial. “O ‘culto’ à cor surgiu há muitos anos: saiu dos blushes da beleza, foi para a moda e o lifestyle. Ela também está presente nas nossas memórias infantis, dos tempos dos milkshakes e pâtisserie. Agora, amadureceu. Emancipou-se e se tornou mais sofisticada”, diz Lili Tedde, braço direito da pesquisadora de tendências holandesa Li Edelkoort. Outro fator que impulsionou sua chegada aos holofotes foi a quebra de padrões de gênero. Aos poucos, deixou de ser “coisa de menina”. E isso também vale para o cinema. O cenário do filme O Grande Hotel Budapeste (2013), de Wes Anderson, parecia prever seu sucesso. Já na decoração, passou a ser explorado de duas formas. Minimal, em itens como poltronas, ou ousado, usado na sala inteira. A onda foi tão forte que restaurantes como o Pietro Nolita, em Nova York, e La Pâtisserie de Rêves, em Paris, fizeram o mesmo, cobrindo-se do tom de cima a baixo. Nas passarelas, o rosa dominou por inteiro looks femininos e masculinos. No dia a dia, uma forma simples de inserir o tom é usá-lo em uma peça ou acessório. Outra ideia é apostar em produções monocromáticas, feitas com sobreposições de peças rosa e, assim, aderir à tendência sem nenhum receio.
1. O SHOW DA VALENTINO COUTURE; 2. A COLEÇAO DE NINA RICCI; 3. NAS TRANSPARÊNCIAS DA VALENTINO; 4. O ROSA NO SHOW DE GIAMBATTISTA VALLI 1. BOLSA GUCCI; 2. CÂMERA FUJIFILM; 3. ESMALTE ROSA; 4. MARCANDO O MOBILIÁRIO; 5. MAIÔ DA GRIFE PRIVATE PARTY; 6. TÊNIS DE CHRISTIAN LOUBOUTIN; 7. BATEDEIRA KITCHENAID (Foto: )1. LOOK DA DESIGNER FLAVIA ARANHA; 2. A DUQUESA DE CAMBRIDGE; 3. O TOM PELAS RUAS DE NOVA YORK 1. COLORINDO MÓVEIS RETRÔ; 2. NOS CABELOS; 3. NO DECÓR 1. O TOM PELAS RUAS DE NOVA YORK; 2. O PINK NA DECORAÇÃO; 3. O CENÁRIO DE WES ANDERSON; 4. A DOCERIA PÂTISSERIE DE RÊVES, EM PARIS
Pedestres de várias partes do mundo à espera da abertura do semáforo inspiraram o fotógrafo Bob Wolfenson em sua mais recente exposição, intitulada Nósoutros. Aqui, a atmosfera é recuperada pelas esquinas paulistanas e transforma all white, jeans, color blocking, p&b, floral e militar em eternos caminhos de estilo.
Tudo branco
Da esq. p/ a dir., camisa Zoomp à venda na Choix, R$ 465. Camiseta Hering, R$ 30. Bermuda Polo Ralph Lauren, R$ 290. Óculos T-Charge, R$ 504. Camisa, R$ 5.200, e calça, R$ 4.400, Ralph Lauren. Bolsa Nannacay, R$ 455. Camisa Apartamento 03, R$ 1.291. Calça Printing, R$ 1.495. Óculos Evoke, R$ 349. Bolsa Nannacay, R$ 475. Camisa Zoomp, R$ 408. Calça Zara, R$ 299. Chapéu Vero, R$ 357. Vestido Ellus, R$ 779. Óculos Bulget Ochiiali, R$ 237. Bolsa Catarina Mina, R$ 498. Regata Hering, R$ 30. Calça Coven, R$ 995. Chapéu Vero, R$ 397. Bolsa Nannacay, R$ 420. Paletó, R$ 1.390, e colete, R$ 450, Calvin Klein. Camisa, R$ 498, e calça, R$ 425, Handred à venda na Choix. Óculos Ana Hickmann Eyewear, R$ 497. Blusa Stela McCartney à venda na NK Store, R$ 2.950. Calça Bobstore, preço sob consulta. Óculos Ana Hickmann Eyewear, R$ 497. Bolsa Nannacay, R$ 557. Vestido Coven, preço sob consulta. Boné New Era, R$ 140. Óculos Atitude Eyewear, R$ 187. Vestido Batiche, R$ 520. Chapéu Vero, R$ 357. Bolsa Nannacay, R$ 355. Cinto acervo. Todos usam sandálias Havaianas, R$ 25
As bolsas e sapatos que nos desculpem, mas nessa temporada fashion as meias são mesmo fundamentais. Em seu formato mais clássico, ou melhor dizendo, na função de meia-calça, passando pelas versões soquete, super cinquentinha, e chegando aos comprimentos 3/4 e 7/8, elas se consagram nesta temporada como o ‘it’ acessório da vez.
A onda, que se tornou febre depois do show outono-inverno 2017 da Gucci – e da sacada genial do diretor criativo da marca, Alessandro Michele – ganhou uma série de novos adeptos nesta temporada de moda milanesa. As da marca italiana, de seda ou de algodão – e que custavam na Europa e na estação anterior algo em torno EUR 150 – deram aos apaixonados por moda a esperança de atualizar o look. E, mais que tudo, sonhar com algo da marca que coubesse no bolso. Isso se compararmos o preço do acessório aos das bolsas e sapatos das grifes do segmento de alto-luxo, donos de valores quase dez vezes superiores.
Mas tudo para dizer que o luxo em forma de meias chega agora com as mais diversas assinaturas. A Fendi colocou seu xadrez e o característico tom “fendi” estampado na sua versão da peça. Muitas delas faziam parte de sapato, fazendo do acessório algo duplo e altamente confortável. Já a Dolce & Gabbana apostou em meias repletas de flores e altamente estampados. A Versace surgiu com a peça na versão grossa, quase legging, com meias inteiriças que recuperam a icônica estampa lenço da grife. A Gucci também voltou a jogar suas fichas na ideia, só que desta vez em versões mais calmas, de lurex, seda e sem o seu ‘G’ aparente. Até a Prada, sempre cool, não resistiu e resolveu apresentar sua releitura do acessório, deixando seu nome assinado em letras cursivas e entre modelos que passeavam pela altura dos joelhos.
Como usar Se no hemisfério norte o item confeccionado em materiais mais pesados acaba sendo parte essencial do look, graças aos outonos e invernos mais rigorosos, aqui no Brasil os modelos mais curtinhos e de materiais como seda devem ser sucesso total. Principalmente por ficarem lindos quando usados com sandálias decotadas e escarpins de recorte coração.
De qualquer forma, na hora de vestir suas meias para arrasar no dia a dia, pense em duas direções. As adeptas de looks mais clássicos podem e devem deixá-las como a grande estrela da produção, optando por roupas neutras e sapatos de superfície lisa. Valem os de couro normal, lustroso e até verniz. Lembre-se ainda de que versões escuras das meias ajudam enxugar as medidas, assim como bordados e trabalhos mais discretos produzem efeito semelhante.
Para as mais ousadas, meias repletas e detalhes funcionam com oxfords repletos de spikes, de couro tipo croco e até com bordados. Quanto as roupas, vale também investir na ideia do ‘tudo ao mesmo tempo agora’. Algo usado nas passarelas com frequência.
Gisele Bündchen discursou na cúpula na da 72ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira (19.09), em Nova York.
A modelo, que é Embaixadora da Boa Vontade do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, recebeu o convite do presidente da França Emmanuel Macron para participar do lançamento do Pacto Global para o Meio Ambiente. Gisele se pronunciou sobre a urgência da adoção de novas medidas para preservação da natureza e a importância deste pacto de proteção ambiental unificado para dar legitimidade aos direitos ambientais.
Hoje mais cedo, o presidente Michel Temer discursou na assembleia e disse que houve uma redução de mais de 20% no desmatamento da Amazônia no último ano.
Emocionada, Gisele disse: “Tenho a honra de estar aqui hoje para falar sobre a Mãe Terra. Desde criança, sempre amei a natureza. Cresci em uma pequena cidade no sul do Brasil, correndo livre e subindo em árvores. Achava que a natureza era indestrutível. Mas em uma viagem à Amazônia em 2004, aprendi a dura verdade sobre a destruição maciça que nós humanos estamos causando.” (Leia o discurso na íntegra no fim da matéria)
O presidente Emmanuel Macron, por sua vez, propôs um pacto mundial pelo meio-ambiente, sugerindo que, nas próximas semanas, seja fixado um objetivo para que o pacto seja adotado até, no máximo, 2020. O francês chamou a atenção para a necessidade de que todos os países se engajem nas conversações para colocar em prática medidas de proteção do meio-ambiente.
Na última sexta-feira, 15 de setembro, Gisele foi a responsável pela abertura do festival Rock in Rio e fez um discurso comovente sobre sonhos, mudança de comportamento e esperanças em um futuro melhor, anunciando a criação do Believe.Earth, um movimento que propõe a conexão e amplificação de iniciativas imediatas de quem já está, na prática, construindo um futuro melhor.
Após o encontro com Macron, a übermodel escreveu uma mensagem para o presidente francês em seu perfil no Instagram.
Obrigada presidente @EmmanuelMacron por liderar o Pacto Global para o meio ambiente. Devemos parar de viver com a ideia de que “o que não é visto, não é lembrado” – se não estamos vendo, não nos afetará. Porque irá afetar, já que tudo neste mundo está conectado. O lixo, por exemplo, que desaparece magicamente de nossas casas todos os dias, vai parar em algum lugar: em aterros sanitários, em rios e oceanos, contaminando peixes, e em fontes de água, voltando direto para nossa mesa. Precisamos acordar – Repensar a forma como vivemos, a maneira como produzimos, como consumimos e mudar nossos hábitos antes que seja tarde demais”, concluiu.
Confira o discurso na íntegra abaixo:
“Excelentíssimos Chefes de Estado, sua Excelência Sr. Presidente Macron da França, Secretário-Geral da ONU, Presidente da Assembleia Geral da ONU, distintos convidados, senhoras e senhores, boa tarde. Tenho a honra de estar aqui hoje para falar sobre a Mãe Terra. Desde criança, sempre amei a natureza. Cresci em uma pequena cidade no sul do Brasil, correndo livre e subindo em árvores. Achava que a natureza era indestrutível. Mas em uma viagem à Amazônia em 2004, aprendi a dura verdade sobre a destruição maciça que nós humanos estamos causando. Depois dessa experiência, tudo mudou para mim. Decidi que faria tudo o que estivesse ao meu alcance para dividir com todos o que presenciei. Desde aquele dia, tenho sido uma defensora ferrenha da natureza.
No ano passado, voltei para a Amazônia com uma equipe para criar um documentário sobre a devastação da floresta amazônica e sobre ideias do que poderia ser feito para protegê-la em benefício de todo o mundo. Quando voltei para casa, meu filho de seis anos, curioso, quis saber tudo sobre minha viagem. Depois que contei a ele sobre a beleza da floresta e sobre a enorme destruição que vi, ele ficou angustiado e me perguntou: ‘Por que estão destruindo a floresta? E todos os animais?’ Com lágrimas nos olhos ele me disse: ‘- Mãe, eles precisam parar. Por favor, precisamos fazer algo!’ Eu prometi a ele que eu faria. E é por isso que estou aqui hoje. Estou aqui como mãe, filha, irmã, esposa e como Embaixadora da Boa Vontade da ONU para o meio ambiente. Estou aqui pela natureza, pelos meus filhos e pelas futuras gerações, porque acredito que cada voz conta.
Há mais de 20 anos, quando tinha apenas 14 anos, estava em um longo voo para o Japão, sentada entre dois fumantes e a todo tempo pensava: como é possível que as pessoas possam fumar aqui? A fumaça do cigarro afeta não só as pessoas que escolheram fumar, mas também os que as cercam. Naquela época, a publicidade de cigarros estava em toda parte e era mostrada de forma glamourosa. Hoje, é claro, todos sabemos sobre o efeito que os cigarros têm em nossa saúde, a publicidade de cigarros foi restringida e, em alguns lugares, os fumantes são multados. No entanto, empresas de vários setores ainda continuam ignorando o impacto de suas ações, contaminando nosso solo, despejando toxinas em nossos rios e oceanos e poluindo nosso ar, enquanto suas publicidades anunciam imagem diversa, e elas não sofrem qualquer consequência em relação a isso. O dano que estamos causando ao meio ambiente não afeta apenas a nós, mas gera danos irreversíveis ao nosso planeta e às futuras gerações.
Devemos parar de viver com a ideia de que ‘o que não é visto, não é lembrado’ – se não estamos vendo, não nos afetará. Porque irá afetar, já que tudo neste mundo está conectado. O lixo, por exemplo, que desaparece magicamente de nossas casas todos os dias, vai parar em algum lugar: em aterros sanitários, em rios e oceanos, contaminando peixes, e em fontes de água, voltando direto para nossa mesa.
Meu pai uma vez me disse: ‘Tenha certeza de que planta o que quer colher, porque a vida lhe dá de volta o que você semeia’. É o ciclo da vida. É assim que a natureza funciona. Precisamos entender que nossos recursos naturais são finitos. Se continuarmos a poluir nossos solos, nossos rios, nossos oceanos, nosso ar e a desmatar nossas florestas em nome do “desenvolvimento”, teremos consequências catastróficas. Nossa existência depende da saúde do nosso planeta. Quando curamos a Terra, curamos a nós mesmos. Não importa onde você mora – França, Canadá, Brasil, Índia, México, Estados Unidos ou qualquer outro país, todos nós compartilhamos esta Terra. Um desastre natural que afeta uma área ou uma região do nosso planeta, a longo prazo, afetará a todos nós.
Um homem sábio uma vez disse: ‘Que não esperemos até que a última árvore tenha morrido e o último rio seja envenenado e o último peixe pescado para percebermos que não podemos comer dinheiro.’ Precisamos acordar – Repensar a forma como vivemos, a maneira como produzimos, como consumimos e mudar nossos hábitos antes que seja tarde demais.
Com o Pacto Global do Meio Ambiente, podemos criar uma proteção ambiental unificada para garantir que os direitos ambientais tenham a mesma força legal que os direitos humanos. Quero convidar aqueles com coragem para dar um passo a frente, para que nossos filhos, netos e futuras gerações possam continuar a prosperar, e a Terra possa continuar nos dando todas as suas bênçãos. Com a sua participação, podemos fazer isso acontecer. Não em vinte anos. Não em dez anos. Mas AGORA, juntos e unidos podemos fazer parte da solução. Podemos criar um mundo melhor!
Bruna Linzmeyer ironizou a decisão de um juiz de Brasília que deixou psicólogos livres para oferecer tratamentos contra a homossexualidade. A atriz usou seu perfil no Instagram para falar sobre o assunto.
“Hoje acordei meio lésbica, será que dá pra ir trabalhar? Fernanda Gentil e Carol Duarte me indicam alguma pílula ou máscara verde?”, escreveu ao compartilhar uma foto na rede social.
Carol Duarte, a Ivana de “A Força do Querer”, respondeu ao comentário de Bruna. “Isso me aconteceu faz uns anos. E ainda me acomete. Argila na cara, e paracetamona. Se não melhorar tira o dia e fica com tua namorada. Já peguei um atestado de 9 dias, ficamos só no vinho, frio e aconchego. É o que sempre faço com a Alina Klein”.
O post da atriz foi uma referência à medida em caráter liminar que permite a psicólogos prestarem atendimento referente a orientação sexual. A decisão do juiz federal Waldemar Cláudio de Carvalho vai contra o Conselho Federal de Psicologia, que proíbe esta prática desde 1999.
PROTESTOS Pelas redes sociais, outros artistas também protestaram. A cantora Pabllo Vittar escreveu: “Não somos doentes. O preconceito não vai vencer”.
Paulo Gustavo, ironizou: “Estou catando tudo que é remédio para poder tentar melhorar da homossexualidade, mas não estou conseguindo. Estou viada há muito tempo, difícil sair da crise”.
Fernanda Gentiu usou o mesmo tom: “Tentando me curar dessa doença, mas tá difícil…..”, escreveu.
Preta Gil também se manifestou. “Como é que cura um ser humano de amar o outro? E aí, tem esse remédio?”.
Anitta, que sempre defende a causa gay, não ficou de fora. “Não sei como a gente consegue ajudar, mas eu estou aqui rezando para o que nosso país dê atenção para o que realmente é importante, que é consertar a nossa miséria, a nossa corrupção, a nossa falta de educação, até mesmo para ninugém mais cometer uma burrice como essa”.
Ivete Sangalo é outra cantora que não se calou. “Doente são aqueles que acreditam nesse grande absurdo. Pessoas, pensem sobre o que esse grande equívoco, absorvam a coragem e a luta dos homossexuais e apliquem as suas mofadas e inertes vidas”.
Claudia Leitte disse que a decisão do juiz representa um retrocesso. “Quando a gente vai perceber que é por conta das nossas diferenças que somos tão bonitos?! Todos precisamos de respeito! Todos temos os mesmos direitos! Retrocessos como acreditar que a condição sexual pode ser mudada torna nossa caminhada tão escura e sombria… Doença mesmo é o desafeto, a ausência de compaixão e, caso não fique claro, vale ressaltar, homofobia é crime e leva ao crime! Mais amor”.
Osklen: a grife apostou num make bem leve, quase cara lavada (Foto: Thibé)
Uma dos mais importantes expoentes do modernismo e da arte brasileira, a pintora paulista Tarsila do Amaral inspirou a nova coleção Osklen, que foi exibida nesta segunda (28), na São Paulo Fashion Week.Oskar Metsavah, diretor criativo da marca e sempre acostumado a trazer para passarela referências dos esportes de ação e até temas predominantemente masculinos, pela primeira vez transformou uma mulher em seu ponto de partida.
A coleção passeia pelas mais diversas fases do trabalho da artista, começando com o criações em linho e que fazem alusão às suas telas em branco. Recupera também, numa das mais belas partes do show, os maiores sucessos sua autoria, em estampas com referências às obras Abaporu e o Manteau Rouge.
Osklen: Levou à passarela estampas inspiradas em obras clássicas de Tarsila do Amaral (Foto: Thibé)
Além do linho, a seda surge como a outra matéria-prima em destaque. O algodão reciclado, o couro de pirarucu e de salmão, materiais sempre presentes entre as coleções da grife, também marcam presença.
Entre os acessórios, destaque para lindos sapatos flat que lembram telas e os maxibrincos de metal, que remetem aos contornos dos desenhos de Tarsila.
Thaila Ayala sensualiza no Instagram (Foto: Reprodução/Instagram)
Thaila Ayala postou uma imagem no Instagram, em que aparece esbanjando sensualidade. No clique em P&B, Thaila está com a blusa levantada, exibindo parte dos seios e do bumbum. “Cofrinho”, escreveu na legenda da imagem, feita pelo fotógrafo Edurado Bravin para o projeto “The White T-Shirt”.
Thaila Ayala foi modelo e teve sua carreira iniciada pelas mãos do competente booker Ney Alves, da Major Model Brasil
Onde estão as modelos de terceira idade? E modelos de diferentes tamanhos, raças e religiões? A indústria da moda está se tornando mais inclusiva, mas ainda tem um caminho a percorrer
modelos jovens, super magras, com pele de porcelana, cabelos lustrosos e muitas qualidades que – vamos encarar – a maioria das mulheres não tem (às vezes, mesmo aquelas modelos, cujas vidas giram em torno de manter a imagem, na verdade, não têm isso).
Durante décadas, essa fórmula funcionou… provavelmente porque desejamos olhar dessa maneira, ou por padrões sociais que internalizamos ou que nos foram impostos. Mas, nos últimos anos, as mulheres estão se rebelando contra esses modelos de perfeição, buscando algo mais genuíno e mais próximo da nossa realidade. Embora ainda haja um longo caminho a percorrer, há um desejo de se identificar mais com as modelos em termos de idade, forma do corpo, raça e até religião e cultura.
Alguns chamam de modelos “reais”, mas eu confesso que não gosto desse termo, porque as modelos típicas não são exatamente extraterrestres. Não é culpa delas ganharem a loteria genética.
Onde está o meio?
Tendemos a falar mais do tipo de corpo. Hoje, a maioria das modelos precisa ter um peso saudável (o que, embora longe da média, ainda é um passo importante e o desejado pelas agências de modelos). E agora também há muitas modelos de tamanho maior conhecidas como modelos plus size que estão revolucionando a indústria da moda.
O caso mais emblemático é Ashley Graham, que é o rosto de várias marcas, foi co-anfitriã do concurso Miss Universo e até mesmo escreveu um livro no qual ela fala precisamente sobre como nós mulheres devemos nos amar como somos, com ou sem celulite (o que, a propósito, não tem medo de mostrar em seu Instagram).
No entanto, acho que ainda é uma questão muito polarizada: há moda para pessoas magras e moda para pessoas maiores. Mas e os que têm um peso médio ou regular? Em muitos países, somos a maioria. Onde estão as modelos de tamanho M?
Existe uma distribuição igualmente desigual quando se trata de idade. Por um lado, há meninas de 15 anos que promovem cremes hidratantes e, por outro lado, algumas (muito poucas) mulheres com mais de 60 anos comercializam cremes antirrugas. É ótimo que finalmente possamos superar as meninas de 20 anos que promovem produtos para combater sinais de idade que nunca tiveram, mas as mulheres de 30 a 50 ainda estão sub-representadas. E, ironicamente, somos nós que investimos mais em produtos de moda e beleza.
É quase como se o mundo do marketing estivesse sofrendo algum tipo de crise no meio da vida. Os comerciantes querem evitar essas décadas de “meia-idade” a todo custo em vez de olhar para os aspectos maravilhosos de uma época em que as mulheres ainda podem desfrutar de coisas que são típicas da juventude, mas de forma mais madura e na plenitude de sua independência econômica.
O que esta acontecendo aqui? Vários estudos sugerem que isso tem a ver com o fato de que as empresas de relações públicas e marketing são cada vez mais equipadas por executivos com idades compreendidas entre os 25 e os 28 anos, onde a diferença entre ser jovem e velho é parte de sua experiência e isso é levado ao extremo.
A favor da diversidade
Quanto à raça, não é nenhum segredo que a maioria das modelos é de cor branca. E nem todas as marcas fazem o que Benetton faz. Embora tenha havido um aumento nas modelos negras, a verdade é que elas ainda estão sub-representadas, assim como as latinas, as asiáticas e outras etnias. Elas tendem a ser segmentadas por países, mesmo em um mundo teoricamente globalizado.
É preciso fazer uma exceção com a Ásia, porque, neste continente, estudos mostram que as pessoas compram menos se houver modelos ocidentais na publicidade.
Quanto à religião, ainda um assunto tabu, ainda menos progressos foram feitos. No entanto, está começando a mudar. Na década de 1990, ninguém se perguntou se Naomi Campbell era judia ou se Cindy Crawford era católica. A fé das modelos pouco importava e não era algo que elas professassem. Mas, atualmente, as modelos muçulmanas, por exemplo, estão tomando seu lugar na moda e fizeram manchetes para aparecer nas passarelas com seus véus.
Isso porque é o estilo de vida que está marcando o tom, especialmente nas redes sociais, e isso também inclui crenças, os alimentos que as pessoas comem, como elas viajam, e até mesmo os tipos de pessoas com quem passam o tempo.
Trabalhando o interior
Definitivamente, há uma tendência crescente de aprender a apreciar a forma como olhamos e experimentamos isso. O conceito de beleza mudou em um movimento que se concentra em trabalhar seu interior e ser feliz com quem você mesmo para projetar um exterior “melhor”.
As mulheres chegam em todos os tamanhos, idades, tons de pele, origens culturais e religiões, então queremos ampliar o espectro e ver imagens de mulheres que refletem essa diversidade, mulheres com quem podemos identificar. Obviamente, a parte inspiradora continuará a desempenhar um papel fundamental (todas nós gostamos dessa auréola criativa e glamorosa de editores de revistas) e não há nada de errado com isso, mas ver mais rugas, curvas e cores de pele não seria ruim. Afinal, é o que vemos no espelho e, queridos designers de moda, estamos aprendendo a ser felizes com isso.
Raj Simons estreia como diretor criativo da Calvin Klein (Foto: Getty Images)
Não sei ainda se sou pé quente ou frio entre as estreias de Raf Simons, o belga ex-Dior e agora o mais novo diretor criativo da Calvin Klein, cargo antes desempenhado por quase quinze anos pelo brasileiro Francisco Costa. Isso somente as vendas dirão e bem rapidamente, ainda neste outono americano.
Fato é que assisti de perto as duas aguardadíssimas apresentações de Raf e, fazendo uma analogia aqui, talvez ele seja mesmo “o” homem certo para mudar caminhos. Ou mehor dizendo, recuperar raízes e traduzí-las para códigos atuais. Sejam elas quais forem.
Em sua estreia na Dior, ainda em 2014, cabia a ele livrar a maison dos excessos da era Galliano e recuperar os códigos do mestre couture Christian Dior. Claro, acrescentando o fato de que estávamos no século 21. O fez. E com maestria. O tailleur bar mostrou seu poder nos modelos entre cinturas e ancas das mais variadas peças, virou mania, ação de marketing. Nascia, finalmente, a nova mulher Dior: livre de excessos, mais glam e refinada.
Calvin Klein (Foto: Getty Images)
Mas agora a missão é outra: recuperar origens de uma marca que tem os Estados Unidos e seus principais códigos – sejam elas a cultura apache, o ode à bandeira e o Art Décor de seus anos dourados – como norte. E disso trazer para a passarela e para a vida de toda nação, peças comerciais que se tornem desejo. Talvez os vestidos e casacos com cobertura plástica, a saia assimétrica de lã que deixa escapar as cores do país, a alfaiataria discreta para as executivas de Wallstreet, as botas cowboy e os looks total indigo blue recuperem o proud to be american. Algo atualmente tão difícil de sentir pelas ruas gélidas de Manhattan, principalmente em tempos de Donald Trump.